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         09-09-2020

Mudança climática pode levar mundo ao um dos quinquênios mais quentes

 

Um estudo publicado esta quarta-feira pelas Nações Unidas diz que o ritmo da mudança climática não parou devido à Covid-19. O novo relatório United in Science 2020, compila dados de diversas agências científicas e é coordenado pela Organização Meteorológica Mundial, OMM.

De acordo com a publicação, a esse ritmo não se está no caminho de cumprir as metas acordadas pelos países para manter o aumento da temperatura global bem abaixo de 2 ° C ou a 1.5 ° C acima do nível pré-industrial.

Por isso, o chefe da ONU realçou seis ações relacionadas ao clima para “moldar a recuperação”, começando pela geração de novos empregos e negócios por meio de uma transição limpa e verde.

Em segundo lugar, Guterres sugeriu que o dinheiro dos contribuintes deve ser usado para resgatar empresas estando associado a empregos verdes e ao crescimento sustentável.

Em terceiro, ele pediu que se potencialize a tributação que leve a uma mudança da economia cinza para verde e para tornar as sociedades e as pessoas mais resilientes.

Como quatro ponto, o secretário-geral pediu o uso de fundos públicos para investir no futuro e ir para setores e projetos sustentáveis que ajudem o meio ambiente e o clima.

Em quinto, Guterres apontou que riscos e oportunidades climáticos sejam incorporados ao sistema financeiro, bem como a todos os aspectos da formulação de políticas públicas e infraestrutura.

Por último, o chefe da ONU disse que é preciso que a comunidade internacional atue em conjunto.

O documento destaca haver “impactos crescentes e irreversíveis das mudanças climáticas, afetando geleiras, oceanos, natureza, economias e condições de vida humana”. Entre esses efeitos estão perigos frequentemente relacionados à água, como secas ou inundações. 

As emissões de CO2 este ano cairão cerca de 4% a 7% devido às políticas de confinamento da Covid-19. A trajetória da pandemia e as respostas dos governos para enfrentá-la ainda definiram o valor exato da queda.

Durante o pico do bloqueio, no início de abril passado, as emissões globais diárias de CO2 fóssil caíram 17%, um nível sem precedentes em comparação com 2019. 

O chefe da ONU realça que nunca esteve tão clara a necessidade “de transições limpas, inclusivas e de longo prazo para enfrentar a crise climática e alcançar o desenvolvimento sustentável”. 

Para ele, é preciso “transformar a recuperação da pandemia em uma oportunidade real para construir um futuro melhor.” O representante destacou ainda que o mundo precisa de “ciência, solidariedade e soluções” ao apresentar o documento.

O secretário-geral da OMM, Peeteri Taalas, alertou para o contínuo aumento das concentrações de gases de efeito estufa que já estão em seus níveis mais altos em 3 milhões de anos. 

 

Saber mais aqui.

Fonte: Onu News, 9 setembro 2020.



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